não sei bem como, mas tenho a sensação que entrei na twilight zone na semana passada, por uma manhã.
dei por mim por volta das 9h da manhã numa sala de espera tipo hospital decadente, com paredes amareladas e cheiro a bafio, rodeado de brasileiros e com recém-nascidos aos berros.
admito, foi tão assustador como aborrecido. tirei a minha senha do talho e indicaram-me a dita sala. umas 30 pessoas já lá estavam, ouvia os urros de uma criança feia como noite de trovões num dos cantos da sala, enquanto o pai com ar de besta olhava para ela como um burro para um palácio.
na fila da frente um grupo de gralhas na conversa cor de rosa, na parede duas dondocas a tentar perceber como preencher um formulário (como quem olhava para um puzzle de 30.000 peças), e o resto olhava indolentemente para um monitor que mudava de número a cada 15 minutos, enquanto passava em rodapé notícias da bolsa de nova iorque.
1h30 minutos depois, fui atendido. 1h32 minutos depois, estava fora do consulado geral do brasil e feliz (por sair dali), claudicando alegremente para o metro.
não resolvi o problema, mas também não me roubaram um rim nem apanhei doenças.
(nota: estou preguiçoso demais para pré-visualizar o post e procurar erros ortográficos)
2 comentários:
Com os dois rins e sem doenças claro, com a quantidade de bílis que estavas a soltar não havia vírus que sobrevivesse nem talhante do mercado negro para te operar. :p
por momentos pensei que estavas a descrever o mercado abastecedor.
nunca la entro sem um bom sarrafo
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