Monotonia...

Olho para o relógio, já passa das 17 horas... mais um dia de "trabalho" que ficou lá atrás. Como recordação só o cansaço da viagem, do lento passar das horas, da infindável sequência do nada...

Amanhã há mais...

Vivace

A minha segunda-feira, de hoje em diante, passa a classificar-se no andamento Vivace.

Basicamente, é o meu dia de cromos.

Não é que tenho aqui duas velhas à batatada por causa de € 2 ...?

E um tipo que inclui o cão no recheio da casa para partilhar?

Filhos do Tédio

Quero ver isto!

the weirdo

não sei bem como, mas tenho a sensação que entrei na twilight zone na semana passada, por uma manhã.

dei por mim por volta das 9h da manhã numa sala de espera tipo hospital decadente, com paredes amareladas e cheiro a bafio, rodeado de brasileiros e com recém-nascidos aos berros.

admito, foi tão assustador como aborrecido. tirei a minha senha do talho e indicaram-me a dita sala. umas 30 pessoas já lá estavam, ouvia os urros de uma criança feia como noite de trovões num dos cantos da sala, enquanto o pai com ar de besta olhava para ela como um burro para um palácio.

na fila da frente um grupo de gralhas na conversa cor de rosa, na parede duas dondocas a tentar perceber como preencher um formulário (como quem olhava para um puzzle de 30.000 peças), e o resto olhava indolentemente para um monitor que mudava de número a cada 15 minutos, enquanto passava em rodapé notícias da bolsa de nova iorque.

1h30 minutos depois, fui atendido. 1h32 minutos depois, estava fora do consulado geral do brasil e feliz (por sair dali), claudicando alegremente para o metro.

não resolvi o problema, mas também não me roubaram um rim nem apanhei doenças.

(nota: estou preguiçoso demais para pré-visualizar o post e procurar erros ortográficos)

Confraternização de Inanes

A azáfama era grande e o cheiro a massa açucarada acabada de cozer preenchia toda a casa.

Estava gente a mais na cozinha e depressa fui expulso, situação a que já me conformei como sendo inevitável. É que as funções a desempenhar durante estas incursões pelos comes e bebes estão bem definidas e a minha é a mais difícil de todas, ingerir comida e quando digo ingerir comida, é ingerir tudo o que aterrar na superfície do prato e por vezes nem os voos rasantes são perdoados (isto de ter as luzes da ribalta na minha direcção enquanto me alimento não é fácil).

Adiante...

• Ementa:
  

- Panquecas, compotas, sumo de laranja natural, salada de fruta, leite, pão, queijo, fiambre, manteiga e dois bolos feitos com muito amor e carinho.

• Assuntos falados (entre outros):

- Apostas na net com lucros de 15% (ainda assim não vamos conseguir tanto como as acções do Cavaco).

- Histórias de trabalho, sendo que uma delas envolve um tiro no rabo (não revelamos qual o ramo profissional dos operários em questão).

- Carlos e du recordaram com alegria e saudade a incursão numas termas em Budapeste, termas essas que fizeram certamente parte dos destinos de Carlos Castro se algum dia por lá passou (e o “A” também lá esteve).

- Descobrimos ainda o motivo pelo qual se mantém saudável e “de pé” a relação do casal presente, isto depois da “Da” olhar para o maroto do Carlos (faz muitas traquinices este rapaz e por isso é que é maroto…)

Após a salutar confraternização e em jeito de despedida, sim porque por norma tudo o que é bom aparentemente acaba, paramos num botequim para sorver em calmos tragos a amiga de velha data, cafeína.

P.s.: Vénia ao du, fazer um pequeno-almoço almoçarado foi sem dúvida uma grande ideia

E porque hoje vi a passar a que eu mais quero, lembrei-me:

A sério, tenho mesmo saudades :(

o mito do terceiro punho*

*na verdade, já não podia olhar para o cavaco.

é este o nosso PR? é mesmo?

“A dignidade e o respeito que deve envolver uma eleição presidencial não foram respeitados. Quero apenas dizer que os portugueses souberam ver de que lado estava a verdade e, mais do que isso, condenaram expressivamente, com a grande vitória desta noite, uma forma de fazer política que é imprópria de uma democracia adulta e consolidada”.

eu só acho que o sr. é isto:

*

*

Acho tremendamente excitante, mulher que perceba de mecânica!!

bsh bsh

Factos do Dia

(Reporto os factos ocorridos até às 15:34h porque não prevejo que algo de interessante vá ocorrer daqui para a frente. Pensamentos e eventos encontram-se reportados de acordo com a ordem cronológica em que se sucederam)

1. Dói-me o lombo e, ainda por cima, só me apetece andar a pé;

2. Mais do que hospital, tanto branco no blog faz-me lembrar um sanatório e, consequentemente, o "Ensaio sobre a Cegueira" (proponho letras também um pouco mais escuras porque sou míope);

3. Encontrei o meu telemóvel: afinal não o tinha perdido nem mo tinham surripiado (evitem comentários sarcásticos);

4. Fui de manhã a Little Pakistan buscar uma carteira do niscas a uma loja de nome "Casa Crocodilo":

   - Little Pakistan situa-se algures na lateral direita do Teatro S. João, mais concretamente nas traseiras da Ordem do Terço, começa mais ou menos na "Casa Crocodilo" e desenvolve-se simultaneamente para uma quelha que desemboca frente à Sé e para as laterais da Estação de S.Bento;

   - Assim esclarecidos, cumpre explicar o porquê de ir lá buscar uma carteira: era uma vez, uma velha carteira de couro claro, que o niscas adorava, porém, um dia, partiu-se-lhe uma "asa" e logo foi posta de lado e substituída por uma nova, como é apanágio da sociedade de consumo. Dez anos volvidos, arrependido de ter cedido ao consumismo e negado as suas origens, o niscas decide, finalmente, arranjar a carteira (ainda que saiba que não vai voltar a usá-la porque a nova é muito mais condizente com a sua idade, que é um posto, como bem sabemos). Para quem sobra ir buscá-la?! (pergunta retórica!);

   - Calcei umas botas rasas, não fosse preciso correr, e lá me aventurei eu por aqueles passeios menos limpos, ladeados de casas de má fama;

   - A "Casa Crocodilo" é uma casa de couros onde se arranjam diversos acessórios para malas e, efectivamente, tem um crocodilo embalsamado pendurado no tecto, estrategicamente colocado descentradamente sobre a passagem, desconfio que para poder ser lançado em cima de algum devedor inadimplente;

   - Procedi à transacção rapidamente, tendo desembolsado 10€;

  - Voltei à Batalha o mais rápido que pude, evitando parar numa chamativa loja de bijuteria, por temer que aí me roubassem um rim.

5. Dei dez voltas ao Minimercado para encontrar o bacon: mudaram a disposição dos produtos na loja e agora não consigo encontrar nada. É de notar que o bacon e seus irmãos e primos, estavam no mesmo corredor, mas do lado oposto, o suficiente para baralhar quem, como eu, vai mecanicamente às compras;

6. Em Faria Guimarães vi uma espécie de freak sentada num banco de pedra (rabo gelado) virada para o sol, de olhos fechados ... De imediato imaginei um bando de gente estranha a fazer a saudação ao sol (ioga), para espanto de automobilistas e transeuntes ... Mais rapidamente ainda voltei à realidade.

Chaaaarrrgeeeeeee

Ainda estou para perceber porque carga d'água é que um indiano registou "inanes.blogspot.com"....

Os Apu's estão em todas, incrível. Sempre a sabotar os meus planos.

(eu avisei que o design era mau. dá cabo dos olhos e é demasiado estéril. não quero escrever num hospital)

we be what? (ainda a origem)

inane  *

adj. 2 gén.

adj. 2 gén.

1. Vazio.

2. Oco, fútil; nulo.

oh, really?

estes tipos não sabem nada de nós, pfttt.

 

O acontecimento

Havia vontade nos inanes, mas havia também uma nada inane indecisão. Era de facto uma hesitação compreensível, já que os inseparáveis companheiros cansados das suas produtivas mas longas viagens tinham batido na parede, qual azarado atleta da maratona!!

Tanta criatividade parada e tudo devido a um dilema insanável e cada vez mais sombrio, o nome do Blog!!

No meu caso compreendo, já para fazer a meia maratona sabe Deus, agora os meus valorosos camaradas profissionais nestas lides?! Shame on them!!

Agora a tábua de salvação feita do complexo raciocínio do idiota de serviço:

1º parte

- Que fixe, estamos aqui juntos a conspirar contra meio mundo hehe ... cérebro vazio ... genérico do Noddy by Moonspell ... cérebro vazio ... cena de filme didático espanhol que vi outro dia "óóóóóh si cáárinhoo" hãhã ... hã ... cérebro vazio ... que sala mais arrumada, gosto do sentido estético da tábua de engomar aqui no meio ... espera, estamos todos aqui na nisqueira, já ouvir falar disto na pré-escola, estamos reunidos é isso, Reunião!!

2ª parte

- Alguém vai ler ou ver o que vamos fazer? Não me parece. Ou pelo menos a mim, o que é que tenho para dizer? O mundo passa bem sem mim, posso bem poupar a blogosfera de mais mutilações literárias e artísticas. Que raio de Inane.

O resto são favas contadas, ou como diria o distinto rei Cid “favas com chouriço”

P.s.: Fica aqui o aviso. A besta quadrada que decidir tentar ser engraçada à custa de trocadilhos parvos com o nome deste blog, com algo do género “reunião(Dei)nanes” sugerindo uma infame cooperação com uma Opus qualquer aí da praça, vai descobrir que o modus operandi do Renato Seabra é digamos, meiguinho…

A origem

O singular calor que se sentia naquela tarde de primavera transmitia à alma mais tranquila daquela esplanada uma indomável inquietação. Ao sentir o inesperado sabor a sangue, apercebeu-se que mordia o lábio para distrair a penetrante dor de cabeça que lhe trespassava o crânio. Na têmpora daquela criatura o pulsar de uma cisma, gasta mas ainda viva, fazia adivinhar que o suor abundante progredindo sobre cada fio de cabelo, sobre cada pêlo daquele corpo, seria muito mais que uma secreção imunda, era um mar de inconformismo.

O desconcertante e involuntário murro na mesa atraiu a atenção dos mortais que se encontravam nas redondezas. Inquietos e curiosos, ainda que com escárnio, observaram aquele estranho ser…